Por que, porfessor? (questão 4 – UEPG 2011)

04 – No texto, o adjetivo “reciclável” foi precedido pelo advérbio “não”, para obter o significado contrário. Entretanto há alguns adjetivos que, ao acrescentar um prefixo, formam o antônimo. Assinale o que for correto, no que se refere ao uso de prefixo para designação de negativo.
01) Os adjetivos “fiel”, “compreensivo” e “viável” formam o antônimo com o prefixo “in”.
02) O adjetivo “desatento” corresponde ao antônimo de “atencioso”.
04) Usa-se o mesmo prefixo para formar o antônimo de “realizável” e “confortável”.
08) Os adjetivos iniciados por “r” duplicam essa letra, ao receberem um prefixo denotativo de negação.
16) Os adjetivos “inapto” e “interessante” foram acrescidos de um prefixo de sentido de negação.

GABARITO: (01+08)

Comentário:

01) No processo de derivação prefixal, o prefixo é adicionado sempre com o intuito de mudar o significado da palavra primitiva. Os prefixos “i”/”in” ; “a”/”an” ; “des” podem tanto significar negação quanto contrariedade. Nessa assertiva, o prefixo “in” indica contrariedade, o que faz da palavra derivada um antônimo de sua primitiva.
02) O adjetivo “desatento” corresponde ao antônimo de “atento”, e não de “atencioso”, cujo antônimo é “desatencioso”.
04) Para formar o antônimo de “realizável” e “confortável”, são necessários, respectivamente, os prefixos “i” (irrealizável) e “des” (desconfortável).
08) Apesar de a afirmação parecer generalista, a questão está correta. Como exemplos temos: irrealizável, irrelevante, irreconhecível, irrepreensível etc.
16) No adjetivo “inapto”, o prefixo “in” realmente foi acrescido com sentido de negação. Em “interessante”, os grafemas “in” fazem prate do radical da palavra “interess-“, à qual foi adicionado o sufixo formador de adjetivo “ante”.

Professor Sandro Roberto Mazurechen
Centro de Estudos Big Bang – Fones: (42)3035 4410 / (42)9101 6250

Prova UEPG 2011

O processo seletivo vestibular da UEPG 2011 exigiu do vestibulando, na prova de língua portuguesa, um leque muito variado de conhecimentos. Numa leitura rápida da prova é possível observar: 2 questões sobre elementos de coesão e coerência; 2 de interpretação textual; 1 de processo de formação de palavras; e 4 de análise de estruturas morfossintáticas.

Nessas últimas, a prova abordou desde análise sintática de período simples até a classificação de orações subordinadas (que dificilmente fazem parte do currículo escolar durante os dois primeiros bimestres dos terceiros anos do ensino médio). Além disso, a prova cobrou questões de regência (inclusive o uso da crase) e de classificação e usos verbais.

O candidato que ainda não havia terminado o ensino médio e se preparou para a prova apenas com os conhecimentos passados pela grade do ensino regular pode ter sentido certa dificuldade para a resolução de todas as questões.

Como a prova trabalha com o sistema de questões em somatória, é necessário que o vestibulando vá à prova com um conhecimento o mais abrangente e aprofundado possível.

Boa prova e bons estudos a todos.

Professor Sandro Roberto Mazurechen.

Centro de Estudos Big Bang. Fone: (42) 3035 4410 / (42) 91016250